Compreenda o que são dados pessoais e dados sensíveis para a LGPD e a principal diferença entre os dois conceitos na prática para o compliance na sua empresa.
Já não é novidade que a Lei Geral de Proteção de Dados está chegando e com ela é inevitável um grande impacto na gestão e tratamento de dados nas empresas.
No entanto, o que pode não ser de conhecimento de todos é a distinção que existe entre esses dados perante a LGPD e como eles devem ser tratados de maneira diferente.
Neste artigo, vou te mostrar a diferença entre dados pessoais de dados sensíveis para a LGPD, e o que isso afeta na prática a gestão de dados.
Para a LGPD, dados pessoais são todos os tipos de dados que podem levar a identificação de uma pessoa, de forma direta ou indireta. Alguns tipos de dados pessoais incluem:
Os dados pessoais protegidos pela LGPD vão muito além de documentos e informações tradicionais como nome e telefone.
É importante levar em consideração que a lei considera um dado pessoal algo que possibilite a identificação direta ou indireta de um indivíduo.
Com isso, os mais diversos tipos de informações podem ser então considerados dados pessoais perante a lei e são protegidos como tal.
Vale ressaltar que a natureza desses dados pode ser tanto física (coletada ou observada fisicamente e pessoalmente) quanto digital (coletado por meio de tecnologias), sendo ambas protegidas pela LGPD.
Um tipo de dado que merece ainda mais atenção, dados sensíveis também são considerados dados pessoais para a LGPD.
No entanto, a diferença é que estes podem abrir margem para discriminação ou preconceito. São eles
Esse tipo de informação normalmente não é coletado de maneiras tradicionais como formulários ou contratos, mas se unido a um dado pessoal identificável, pode comprometer imensamente a privacidade de um indivíduo e gerar sérios problemas legais.
O primeiro passo para o tratamento de dados na LGPD é garantir o consentimento desses dados pelo seu titular.
Esse consentimento consiste não apenas em uma autorização na coleta, mas também em garantir que o titular esteja ciente de como esses dados serão tratados e qual a finalidade da coleta dos mesmos.
É comum que empresas e algumas ferramentas coletem informações que são caracterizadas como dados pessoais. A coleta desses dados é um processo importante para a segurança das empresas, garantindo a proteção de seus próprios dados e informações. No entanto, é essencial garantir o consentimento de todos os titulares que sua empresa tem contato.
Outro ponto relevante é levar em consideração uma gestão e tratamento apenas de dados essenciais para a segurança e a gestão da empresa. Se um dado não for de alguma maneira útil para esses aspectos, não existe a necessidade de coletá-lo.
Isso vale principalmente para dados sensíveis, que não possuem utilidade na maior parte das vezes. Caso o tratamento de um dado sensível seja necessário, garanta com ainda mais certeza o consentimento do mesmo.
A partir disso, você tem o primeiro passo para garantir a implementação do compliance com a LGPD.
Um caso à parte no tratamento de dados para a LGPD, a Seção III da lei é totalmente dedicada ao tratamento de dados relacionados à crianças e adolescentes (menores de idade).
Diferente de dados pessoais e sensíveis, dados referentes a menores de idade precisam não apenas do seu consentimento, mas também do consentimento de seus pais ou responsáveis legais.
Uma única exceção de dados que podem ser coletados sem o consentimento ocorre quando estes serão utilizados para contatar os pais ou responsáveis legais de uma criança, desde que nenhum deles seja armazenado após o uso.
Além disso, os tipos de dados que uma empresa coleta de crianças e o método de tratamento utilizado devem ser públicos. Ou seja, deve ser explícito a qualquer pessoa como esses dados são tratados e porquê são coletados.
Ainda em dúvida sobre a classificação de dados na LGPD? Não deixe de recorrer à ajuda de especialistas para garantir que sua empresa esteja adequada às exigências da lei.
Copyright © 2021 W3lcome
“Você nunca tem uma segunda chance de fazer uma primeira impressão”
Andrew Grant
Deixe um comentário